#A Gota Amaldiçoada
Explore tagged Tumblr posts
notdiabolika · 6 months ago
Text
E se a Yui ficasse MUITO pequena? 🌸
*** Pedido: O que você acha que aconteceria se Yui encolhesse de repente? Tipo, se ela fosse amaldiçoada por uma poção que a encolhe, o que você acha que aconteceria?
[English]
Tumblr media
A voz de um homem ressoa pela igreja vazia: “Confesse seus pecados.” Pés descalços caminham pelo chão gelado, Coberto por vitrais despedaçados Um caminho estranho, indolor, Até a garrafa de prata no altar. “Beba-me”, diz o bilhete.
O sabor é estranho, Mas assim que a última gota toca seus lábios A donzela abre seus olhos E reencontra a escuridão ——
▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
“Isto… é um sonho, não é?”
Tumblr media
Tão confusa, ela desliza as mãos pelo forte de cobertas, descobrindo que quase se afogou nele ao emergir. Está minúscula. Sair da cama seria uma tarefa árdua de tirolesa pelos lençóis, por isso, ela ficou sentada no travesseiro até alguém ir vê-la.
“M-me desculpem, eu não sei o que aconteceu… eu apenas tive um pesadelo estranho e… fiquei assim.”
Ela conta tudo que viu aos Sakamakis com um tom exasperado. É uma questão de tempo até que todos os outros descubram o que aconteceu.
▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
“O quê? Não me diga que você ficou pequena por causa de um sonho…”
Tumblr media
Ele solta (no mínimo) uma risada anasalada ao escutar essa história, ao mesmo tempo que acha assustador. Quem quer que esteja por trás disso é bastante poderoso, e infantil também.
“Acho que é isso que você ganha por andar com seres como nós… Sabe, é mais confortável escutar sua voz assim, mais baixa.”
Apesar de seus comentários, se esforça para mantê-la segura. Afinal, se acontecesse algo, “a responsabilidade cairia sobre mim”.
▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
“... Você seriamente bebe de uma garrafa sem rótulo e espera não ter efeitos colaterais? Que tolice.”
Tumblr media
Está desapontado e um pouco irritado com a situação, pois acredita ser fácil de evitar. 
“Para a sua sorte, poções raramente têm durabilidade vitalícia, então acredito que os efeitos não sejam permanentes. De qualquer maneira, irei procurar algum antídoto.”
Tendo acesso a vários livros e arquivos, ele faz um intenso trabalho de pesquisa para fazê-la retornar ao tamanho original o mais rápido possível. ▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
“Panqueca, você está do tamanho de uma barata…”
Tumblr media
Se ele fará bullying? Claro que sim, afinal “é culpa sua por ter sido tão descuidada”. Mas a verdade por trás de suas brincadeiras secas é que ele está estressado, pensando em como vai manter algo tão pequeno em segurança.
“Como você espera que o Grandioso Ayato beba seu sangue assim? Que saco… é bom você voltar ao normal logo!”
Ayato vai batalhar pela atenção da mini Yui de qualquer jeito, ele não quer ela se bandeando para qualquer outro cara. ▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
“Como OUSA fazer isso conosco?! O que vai acontecer se Teddy precisar de costura? Uu… você é tão egoísta…”
Tumblr media
Primeiro, ele chora, porque os doces que ela faz, as festas do chá e todos os outros planos que fez à dois estão arruinados. “Sabe… eu poderia muito bem te esmagar com a sola do meu sapato. Mas vou ter misericórdia… se você caber nos vestidos das minhas bonecas, é claro.”
Tumblr media
Começa a tratá-la e brincar como se Yui fosse uma boneca de verdade, e se ela colaborar, pode ser que ele se torne mais doce. Ou não.
▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
“Aww… a cadelinha está tão adorável… parece que vai precisar da nossa ajuda por um bom tempo.”
Tumblr media
Acha graça da situação ao invés de reclamar. Ele decide provocá-la um bocado por ter caído em uma cilada dessas.
“Como é me ver ser maior do que você? Te deixa excitada essa diferença de tamanho? Fufu… uma pena que não há nada que possamos fazer.”
Uma parte dele se sacia em cuidar da Yui, acariciar sua cabeça e a ajudar a se locomover por aí, mesmo que seja problemático. Talvez se sinta até meio vulnerável, assim, tomando conta dela.
▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
“... Que porra é essa? Como isso aconteceu?”
Tumblr media
Ninguém fica mais confuso do que ele. Agora Subaru tem que cuidar para que seus irmãos não machuquem uma versão tão delicada da Yui.
“Dá espaço aí! Ela não consegue respirar com vocês tomando o oxigênio dela e falando feito papagaios. Está machucando até as minhas orelhas.”
Definitivamente leva o prêmio de mais estressado nessa situação, mal pode esperar para que Reiji encontre um antídoto porque ele não aguenta mais e só faz cinco minutos.
▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
Escolher os Sakamakis para responder esse pedido foi, definitivamente, um grande erro XD
O monólogo do começo teve uma leve referência ao plot de Lunatic Parade, então considerem essa bagunça toda uma obra do Conde Walter. O quão pequena a Yui ficou é discutível, eu não levaria os comentários dos garotos à serio.
Gostaria de agradecer à pessoa anônima que me enviou uma ideia tão exótica, foi divertido explorar e pensar em como eles reagiriam.
Tenha um bom dia ✨
11 notes · View notes
reinventarias · 2 years ago
Text
Ausência - Vinícius de Moraes
Rio de Janeiro , 1935
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
91 notes · View notes
calymuses · 2 months ago
Text
Tumblr media
Status: ❛ can you tell me more about your adventures? ❜ diz @gzsoline Juno
A capa de chuva mostrava-se útil pela primeira vez na noite amaldiçoada. Respingos de sangue novo aparados antes de deixá-lo uma bagunça úmida incômoda. Armand passava os dedos no rosto, tentando tirar o máximo daquelas gotas que venceram a proteção e marcaram a pele. "Hm?" O Rei féerico parou no meio do ato, a conversa enveredando para um assunto que ainda era... Incerto. O tanto que tinha observado versus a importância das informações num ambiente tão controlado, tão restrito. Sem fuga, e tantas... variantes. Suspirou, o olhar ímpar caindo sobre os alheios. "Qual a sua idade, criança? Para que eu possa selecionar uma opção apropriada." Não existia provocação em seu tom, apenas a mais educada pergunta.
Tumblr media
2 notes · View notes
o-druida-ebrio · 1 year ago
Text
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces.
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada.
Que ficou sobre a minha carne como nodoa do
passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande intimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono
desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
- Ausência -Vinicius de Moraes
9 notes · View notes
thebookstan · 8 months ago
Text
Ausência
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei… tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
— Vinicius de Moraes
4 notes · View notes
bananajazz · 2 years ago
Text
AUSÊNCIA
Rio de Janeiro , 1935 Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada. Vinicius de Moraes
2 notes · View notes
lepetitprincegoiste · 2 years ago
Text
Ausência
eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
no entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
e eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
e eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
e todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
🍂
Vinicius de Moraes,
Rio de Janeiro, 1935
4 notes · View notes
desabafosobreofim · 24 days ago
Text
Desabafos sobre o fim... part 4
D: tem hora que me pergunto como você ta, que me passa o nosso último abraço, o som da tua voz, teu gargalhar, o sorriso. Essa semana é longa e díficil. D: eu li um poema de Vinicius de Moraes, pensei em mandar no dia 16/10, mas não consigo esperar. D: Ausência - Rio de Janeiro , 1935 Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado. Eu deixarei… tu irás e encostarás a tua face em outra face Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada. D: quero destacar dois momentos D: "No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz." e "Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço" D: quem me colheu foi você, M. D: e eu te colhi ... D: A lua hj tá linda. Pensei em você em todos os segundos desses dias. Na torcida que seu cursilho seja ótimo e proveitoso. ... M: Confesso que não entendi suas últimas mensagens, nem o que você pretendia com elas. Não ficou claro pra mim. M:Sei que o relacionamento acabou, você fez a sua escolha, e eu respeito o que houve entre nós, mas é importante que haja clareza e respeito nesse momento. Suas mensagens estão confundindo meus sentimentos e não é justo comigo continuar recebendo sinais indefinidos. Você não faz ideia do quanto esse tipo de mensagem me afeta. Eu prefiro que você não trabalhe os seus conflitos comigo, D. Eu mereço seguir em frente e encontrar paz, sem essa incerteza. M:Por favor, entenda que preciso de espaço para seguir meu caminho. Agradeço se puder respeitar isso e evitar continuar com essas mensagens. Desejo que você também encontre o que está procurando. ... D: Explicando. M, não é como se esse processo tbm não tivesse seu peso em mim e é diferente já que iniciei tudo isso e sou o responsável D:Além disso não é como se a partir daquele dia que falei com você tudo tivesse se apagado D:E que dá saudade de você D:E dia 16/10, assim como dia 4/4, assim como seu aniversário sempre são datas especiais para mim D:O trabalho tá um buraco negro, acredito que errei em não ter sido mais comunicativo sobre minha responsabilidade e peso do trabalho e o quanto isso tem um custo. Naquele dia 16, quando saí do despacho na sala de rodolfo eu vi a lua e lembrei de te desejar um bom cursilho e de forma indireta falar que eu lembro de tu D:O poema é uma forma de tentar explicar uma conexão nossa, da minha parte, que nada irá apagar D:Algo inacessível ao mundo exterior, meu e seu para todo o sempre. D:Eu queria te pedir desculpa das inúmeras vezes que fui grosso, reclamão, um porre. E quantas vezes eu senti arrependimento desses atos e não te pedi perdão e nem tentei mudar. Eu sinto culpa de não ter me comunicado melhor contigo
0 notes
leechk9 · 1 month ago
Text
A noite dos perdidos
Tumblr media
As feras se alegram na floresta; de longe, pode-se ouvir o som de suas músicas e risos, misturados com gritos abafados e o crepitar das chamas.
— Ei, o que pensa que está fazendo? Não se aproxime! O cheiro da comida e o ambiente festivo podem fazer com que vocês percam o controle e se entreguem a Ela, assim como tantos outros antes de nós.
Meus camaradas tiveram o mesmo fim que esses animais, desaparecendo nesta cidade amaldiçoada. À primeira vista, tudo parece uma festa inofensiva, mas não se engane: o que ocorre aqui é um ritual sombrio, um banquete para as forças que habitam as sombras.
— Oh, não se assuste com os gritos. São apenas os sacrifícios, entregando-se de boa vontade às chamas, com um fervor quase incompreensível. Por alguma razão, eles encontram prazer nisso, um êxtase que nenhuma palavra pode descrever. Certa vez, me comprometi a salvar uma pequena lebre que escapara da floresta. Durante três semanas, mantive-a escondida, longe dos olhos vigilantes das feras. Mas, na noite seguinte à próxima lua cheia, ela partiu por conta própria. Acompanhei seus passos até a clareira, onde ela dançou sob a luz prateada antes de se lançar ao abraço das chamas, com um sorriso doce e olhos vazios.
— A quem eles adoram? Não seja tolo!
Somente uma entidade poderia inspirar tamanha devoção. Ela é a portadora da luxúria e do desejo mais primitivo, a mãe de todos os sangues quentes. Seu nome é proibido, e poucos ousam pronunciá-lo. Dizem que sua imagem é tão deslumbrante que, ao contemplá-la, os sentidos vacilam e a sanidade se dissolve como gelo ao sol. Nesta noite, sob a luz da lua cheia, Ela caminha entre eles. Invisível aos nossos olhos mortais, mas não aos que provaram de seu néctar. Bastaria uma gota em seus lábios, e você a veria dançar entre as chamas, chamando-o com um sorriso tão acolhedor quanto mortal.
— A lua cheia, criança, não é um farol de esperança aqui. É uma janela que abre portais para algo muito mais antigo e faminto. Quando a luz dela banha esta floresta, os limites entre o mundo dos homens e o d'Ela desaparecem.
— Vamos sair daqui. Não há sentido em observar os tolos que entregam suas vidas de forma tão vil. Amanhã será um novo dia, e apenas aqueles que resistirem ao chamado terão forças para vivê-lo.
O vento uiva entre as árvores, carregando um cheiro doce e enjoativo. A lua cheia, alta e imponente, parece observá-los, como se aprovasse o destino daqueles que se rendem à sua luz.
0 notes
omqna · 1 month ago
Text
eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto no entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida e eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado eu deixarei tu irás e encostarás a tua face em outra face teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada mas tu não saberás que quem te colheu fui eu porque eu fui o grande íntimo da noite porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço e eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir e todas as lamentações do mar do vento, do céu, das aves, das estrelas serão a tua voz presente a tua voz ausente a tua voz serenizada vinicius de moraes. ausência.
0 notes
4nimicida · 2 months ago
Text
Ausência (Vinicius De Moraes)
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
0 notes
lsdr · 3 months ago
Text
Ausência
Eu vou deixar que morra em mim,
O desejo de amar teus olhos que são doces,
Porque nada poderei te dar,
Senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto, a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto,
E em minha voz, a tua voz
Não te quero ter,
Porque em meu ser tudo estaria terminado,
Quero que só surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada,
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei,
Tu irás e encostarás tua face em outra face,
teus dedos enlaçarão outros dedos,
E tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
Porque eu fui o grande íntimo da noite,
Porque eu encostei a minha face na face da noite, e ouvi sua fala amorosa,
Porque os meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço,
E eu trouxe até a mim, a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais do que ninguém, porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, dos céus, das aves, das estrelas,
Serão a tua voz ausente,
A tua voz presente,
A tua voz serenizada.
0 notes
sonhosblog · 4 months ago
Text
Deixarei que o desejo de amar teus olhos, tão doces, se extinga dentro de mim. Pois nada poderei oferecer-te, a não ser a dor de te ver eternamente exausto. Contudo, a tua presença é como a luz e a vida, e percebo que em meu gesto reside o teu gesto, e em minha voz, a tua voz.
Não desejo ter-te, pois isso significaria o fim de tudo em mim. Quero apenas que apareças em meu ser como a fé que conforta os desesperados, para que eu possa trazer uma gota de orvalho a esta terra amaldiçoada, que permanece em minha carne como uma mancha do passado.
Deixarei que partas, e tua face encontrará outra face. Teus dedos se entrelaçarão com outros dedos, e tu florescerás para a madrugada. Mas não saberás que fui eu quem te acolheu, pois fui a profunda íntima da noite. Encostei meu rosto à escuridão e ouvi tua doce voz. Meus dedos se entrelaçaram com os da névoa que flutua no espaço, e trouxe a mim a essência misteriosa do teu abandono desordenado.
Ficarei sozinha, como os veleiros em portos silenciosos, mas te possuirei mais do que ninguém, pois terei a liberdade de partir. Todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves e das estrelas serão a tua voz, presente e ausente, serenizada.
(Texto autoral) - Inspirado no poema "Ausência", do grandioso, Vinícius de Moraes!
0 notes
dlovebomb · 5 months ago
Text
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
0 notes
o-druida-ebrio · 2 years ago
Text
AUSÊNCIA
Rio de Janeiro , 1935
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
11 notes · View notes
intensidade-livre · 6 months ago
Text
Ausência
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
1 note · View note